quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O Natal

(KCMística 2 Horas Nocturnas de Natal no KCM 2007)

Quer dizer, se tirarmos todos os jantares seguidos da semana...
É que esta gente pensa que somos de ferro...
E por esta altura já estava mais do género de ferro retorcido...

O Natal começou aqui...
Sábado à noite...
No KCM com a corrida de natal nocturna de 2007 das 2:30 (hora prevista mas nunca comprida...) até às 5:00...
Que correu "benzinho" diga-se, pois a KCMística ganhou...
A foto foi no fim, saliente-se...
Cheguei a casa com o nascer do dia...
Banho tomado, corpo cansado, pensamento...
Às 11 em Mondim para a descida de Kayak dos Tamecanos...
É que vai ser mesmo às 11 como se costuma dizer...
Mandei uma mensagem ao meu primo a dizer para esquecer a descida da minha parte, que eu ia ver se acordava para chegar a tempo do jantar...
E acordei...
E cheguei...
E jantei...
E depois de jantar, fomos para o sítio do costume...
Onde ficamos até nos porem na rua...
Onde ficamos a conversar até quase congelar os neurónios...
O vidro do carro congelou mesmo...
Só mesmo com muito "esguicho" e depois de amolecer é que saiu...
5 Minutos para descongelar o vidro...
30 segundos para chegar a casa...
Eram só 500 metros...

Dia seguinte consoada de natal...
Casa cheia de gente que conheço, alegre, contente, sempre em festa...

Este ano os presentes mudaram...
Deixaram de ser...
Meias...
Cuecas...
Gorros...
Cachecóis...
Pijamas...

Passaram a ser...
Pegas...
Colheres de Pau...
Um Salazar...
Facas de Cozinha...
Acessórios para a lareira...
...

Vá-se lá saber porquê, loool

E este ano ainda ganhei ao King, eia!
No já célebre King de natal por bandas de Bastos...

Hoje decidi dar-me outro presente...
É que dá uns anos para cá sou eu que corto o meu cabelo...
Não tem muito que se lhe diga...
Cortar é fácil...
Limpar é que é aquela "coisa"...
Mas hoje decidi ir ao barbeiro...
Se bem que agora não são barbeiros...
São cabeleireiros...

Gostei particularmente do olhar do moço...
-Têm a certeza?
-Tenho claro. Corto-o sempre assim.
-Pente dois será, jovem!
Hum, gosto quando me chamam jovem, até porque sou claro!
E ainda fico mais depois do cabelo cortado, e com ele algumas brancas que teimam em renascer...
Gostei quando me perguntou algures a meio:
-Tem aí o seu telemóvel? - perguntou
-Porquê?
-Para tirar uma fotografia, assim pode por no Hi5!
Saiu-me uma gargalhada...
-Deixe estar, não vale a pena. - Respondi
E ainda me deu um conselho:
-Tem que comprar uma máquina destas, não custa nada.
E depois despediu-se:
-Até à próxima jovem!
-Até uma próxima, boas entradas! - respondi

sábado, 22 de dezembro de 2007

História de um Natal Diferente

Quando alguém pensou...

Alguém começou...

E vindo de alguém..


- // -

Carlos... O teu presente de Natal está cá dentro... Não precisas fazer perguntas. Tudo o que procuras está aqui. Aqui esteve à tua espera, durante 20 anos. Entra... esta é a tua casa.

As vizinhas calaram-se, boquiabertas...
Virei-me, estarrecido, gelado, embrutecido. Não queria acreditar! Era o...

- Quim?
- Sim Carlos sou eu...
- Mas... - ainda estava atordoado e tornei a desmaiar...

Quando acordei, recordei o cheiro, o espaço, o calor, da lareira...
Estava deitado no sofá, que conhecia bem, sentado numa cadeira a olhar para mim, o meu melhor amigo de infância, o Quim. Andamos sempre juntos, e embora ele fosse mais novo que eu 4 anos, sempre o considerei como um irmão. Aprendi tudo contigo Carlos, costumava dizer, mas na verdade, eu é que aprendia muito com ele...

- Quim és mesmo tu? Mas como? Se ainda agora me disseram que não morava cá ninguém?
- Calma Carlos, com calma que eu explico-te tudo, tem paciência.
- Tens razão, desculpa, se há alguém que aqui tem que ter paciência sou sem dúvida eu...

E falou...
E contou...

Sempre me disseram que os sonhos são uma espécie de premonição, nunca acreditei. Até agora...

A Teresa sempre estava grávida, e teve uma menina...
Não se chamava Inês, mas sim Angelina...
O Quim sempre amigo, apoiou muito a Teresa, mas nunca deixou, tanto ele como ela que nada se passasse, respeito, por alguém que talvez não o mereça, pensei eu...
A Teresa tentou continuar a sua vida, e teve amores e desamores, acabando sempre por ficar sozinha, dizia que estava amaldiçoada contou o Quim...
Porém com o passar dos anos o Quim acabou por se afastar um pouco, e havia "reatado" à dois anos atrás, e ao deparar com a Angelina mulher, linda como a mãe, inevitavelmente, acabou por se apaixonar...
Casaram o ano passado...
E tiveram uma filha, Matilde...
Faz amanhã um mês...
E este ano decidiram vir passar o primeiro natal da Matilde à casa onde a mãe cresceu...

- As tuas prendas - disse o Quim - a tua filha
, a tua neta e eu teu genro...
- Isto é demais para um homem só, - disse - aquele que há 20 anos destruiu a sua vida, agora sei isso...
- E a Teresa a Angelina e a Matilde onde estão? - perguntei
- Só chegam amanhã de manhã, foram à cidade, às compras e ao pediatra...
- Mas está tudo bem? - interrompi eu
- Está, consulta de rotina, não te preocupes... Agora vou-te deixar, pensa bem, amanhã falamos...

O meu quarto...
A minha vida, estava toda aqui, nos pedaços que uniam a casa, que transformavam tudo em lembranças, ali cresci, e é em parte aquilo que hoje sou...

Andei, passeei, revi, relembrei, reconheci...
À noite não tive sono, sentado no sofá da sala, olhei, e ali a um canto, estava ele, imponente como só eu o sabia ver, o piano onde tantas vezes me perdi e sonhei...
Abri a tampa, à parte de uma ou outra corda não muito afinada, continuava com o som que sempre teve, e embora há já 20 anos que não tocava, as notas começaram a sair...
O tempo passa, mas o que realmente importa é imortal, não desvanece, nem ao magistral tempo...
Encontrei folhas pautadas, velhas mas vazias e comecei a escrever...
Velhas notas, mas sem idade, novos sons, com o tom dos que sempre soube, dedos velhos, mas ainda não mortos, melodias passadas, com ouvido no tempo...
Compus toda a noite...
Adormeci, no sofá com o nascer do dia...
Dormi umas horas, e acordei...
Fiquei ali sentado, parado, durante o tempo que não sei, a pensar...

Até que pela porta entrou a Teresa, sozinha, já devia saber, pelo Quim...

Bonita como só ela o sabia ser, imortal, intemporal, como uma visão...
Ainda mais bonita do que me lembrava...
Ainda mais mulher do que imaginava...
Com um olhar mais meigo que apetecia...
Olhamo-nos durante tempos sem fim, alguns segundos talvez, mas a mim pareceu-me uma vida, 20 anos, para ser mais exacto...
Ia começar a falar, mas não deixei e comecei eu...

- Sei que tudo o que diga, de nada serve, pois não há desculpa, para o que se passou...
Para o que fiz...
Ou para o que não fiz...
No entanto aqui estou...
Voltei a pensar em ti...
Voltei para ti, mesmo antes de saber...
Mas agora já sei, e de um modo ou de outro, ninguém mo tira mais...
Entre ontem e hoje, vivi 20 anos, com uma intensidade que não sei descrever, só sentir, e talvez exprimir...
Fiz isto para ti esta noite...
Chama-se: Renascer...
Escuta por favor...



- // -

E pronto, vai continuar aqui no aspirante a humano...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Piano


Eis que um lobo se senta...

Sozinho ao luar...

Tocando no seu piano...

Já ninguém o pode parar...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Sem palavras...


E porque num qualquer momento alguém se lembrou de mim...
Quando lá esteve com um amigo...
Momento esse que em nada tinha a ver comigo...

Tudo diz...
Porque de nadas nascem tudos...
Porque de "coisas" simples...
Nascem "coisas" elevadas...

Aquele obrigado, de palavras que não sei dizer...

Por momentos, daqueles que não têm preço, mesmo...

Como ele mesmo diz...
É mais à frente...

Na realidade...
É muito mesmo, mais à frente...

capesi, "aliás" Lourenço Marques, "aliás" tu mesmo...

dasss...

aquele, mesmo e muito, grande abraço!
e um outro ao RedJan...
e um outro ao José Ceitil...
a leitura começou...


terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Queridos pais natais...


Anda tudo por aqui a pedir ao pai natal, e eu não vou ser excepção...

Porém o meu pedido é para todos aqueles, que de algum modo nos apelam todos os dias, para que:
- Poupemos água.
- Poupemos energia.
- Até para apagar aquela luzinha de presença dos televisores, eles pedem...
- ...

JÁ APAGAVAM A MERDA DAS LUZITAS NÃO?

Mas não...
Vamos enfeitar as nossas casinhas...
Vamos enfeitar as nossas ruas...
Vamos construir de ano para ano a maior árvore de natal da Europa...
Vamos gastar aquilo que já temos pouco e este ano ainda menos...
Vamos mostrar às crianças o que é tradição...

Porque assim talvez, elas não tenham hipótese de mostrar aos seus...
Nem de beber água como hoje a conhecemos...

Foi para isso que "inventaram" um bem cada vez mais escasso...
Onde já houve abundância agora já não há...
Daí a termos que a gastar toda...
Antes que acabe...
- Eia!
Será que algum dia vamos acordar?
Eu estou em crer que sim, mas com sede...

Mas tradição é tradição...
O povo gosta...
O resto que se lixe...

Porque é perfeitamente normal:
- Estarmos em Dezembro...
- Chuva para repor o precioso líquido, não há...
- Mas continuamos a "esbanjar" como se não faltasse...
- Frio como já não me lembro...

Porquê?
Porque é natal?
Porque é passagem de ano?
Porque é carnaval?
Porque é páscoa?
Porque é festa na cidade?
Porque é bonito?
Porque sim?

Um destes dias, um litro de água, vai custar mais que um litro de gasolina...
E acreditem que já não falta tanto assim...

E então?
Já apagavam a merda das luzitas não?
Então vá...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Místicos em Casa


Ontem foi dia de corrida, com duas e grandes bem dispostas, equipas Místicas ao ataque...
Do leitão...
Das bejecas...
Da companhia...
Da amizade...
Da irmandade...
E de uma qualquer corrida de kart que por lá houve...

Finda a prova, um jantar bem animado por nove sobreviventes, no berço da nação...
Findo o jantar com o nível de sangue no álcool a exceder largamente a temperatura ambiente, sim porque os termómetros mostravas temperaturas a rondar os 0 graus...
5 sobreviventes...
Rumo a minha casa...

De salientar que inicialmente o jantar era para ser em minha casa...
Comprei para o efeito: um forno, +8 Pratos (A juntar aos 4 que já tinha), +6 talheres de cada (a juntar aos 6 que já tinha), 1kg de feijões e um micro carro de cerveja que atulhou por completo um qualquer frigorífico lá de casa...

Paragem numa loja de conveniência antes, para abastecer de cigarros e comprar um baralho de cartas.

Lareira acesa, místicos sentados, com cartas e feijões, a jogar um jogo assim, meio parvo...
Eles tentaram-me explicar, várias vezes até, que tinha muito que se lhe diga...
Mas com 3 cartas apenas, a única ciência possível, é mesmo dizer, vou, não vou...
Mas com esta gente eu até jogava um jogo de uma só carta...

Algumas horas, meio frigorífico de cerveja depois, boa camaradagem...
Está na hora...
3 acamparam aqui em casa, um ficou em casa e outro foi para casa...

De manhã foram-se embora...
E para grande pena minha, e alguma ressaca diga-se, nem dei por ela...
Acho porém que andaram às cabeçadas com um qualquer interruptor na cozinha, que desligou o esquentador...
Mas são tão amigos, que nem me quiseram incomodar...
Grandes (e são mesmo) homens...
A viagem de volta correu bem, já soube...
Aquele abraço...
A eles e aos outros...
Velhadas, com artroses, cansados e sacos à porta e não sei mais o quê...

Fiquei para guardar com:
Meio frigorífico de cerveja...
Um baralho de cartas, que na embalagem diz "washable", que hei-de experimentar quando comprar uma máquina de lavar...
A parede da cozinha, como se vê na foto...

Um presente que um amigo me trouxe, lá duns lados de um outro blog, daqueles que não têm preço, mesmo, mas isso dá um post só dele...

E mais um momento, daqueles para guardar, e sorrir, sempre que nele pensar...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Ocorreu-me...

Vive todos os dias como se fosse o penúltimo!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Realidade Trocada


Hoje acordei para o mundo, depois de uma semana de muito trabalho e qual o meu espanto...
Parece que acordei numa outra realidade...
Alguém me esclarece por favor...

Este senhor ganhou o prémio Nóbel da Paz?!?!?!?!?!?!?!?
Estamos a falar do Al Gore? Antigo vice presidente dos Estados Unidos da América?
Aquele país em que vender armas, é o negócio mais lucrativo, que o mantém e faz crescer?
Ou seja um país que sobrevive arranjando cada vez maneiras mais eficientes de matar?
Em que o gasto anual com armas dava para acabar com a fome no mundo?
Para depois, fazer guerra, contra as suas próprias armas, para os desarmar?
Sempre com fins obscuros mas sempre lucrativos?
É esse Al Gore?
Ex Vice-Presidente de um país que mata um país vizinho à fome, com um embargo absurdo?
Que agora faz campanha pelo ambiente?
Mas não se preocupou muito com isso quando bombardearam com urânio empobrecido todo o território da Jugoslávia, ou o Sudão, Iraque e Afeganistão com aquelas supostas bombas de precisão, que se fartaram de matar civis inocentes e que até destruíram a única fábrica de medicamentos que o Sudão tinha...
Só o nome faz lembrar um qualquer coisa... 'Al'... assim meio terrorista não?
Pois, já me esquecia, mas é tudo em nome de Deus e da Paz não é?
Se bem que os outros dizem o mesmo, parece-me...

Agora sim, cá vai: FODA-SE!!!!!

É que eu até tinha algum respeito pelos prémios Nóbel...
Passou...

Bem sendo assim, para o ano acho que o Bush é um bom candidato, isso ou o Durão Barroso!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Tradições...

Eis que alguém fez um vídeo, que esclarece exactamente o que eu penso sobre o assunto!
Não me conseguia exprimir melhor!

Aviso já que é um bocado forte!
Mas
o tema também o é!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Limpezas, parte muitas!


Não está fácil, isto de tentar manter a casa ligeiramente mais limpa, do que o passeio em frente!
É que a chuva faz um trabalho impecável, mesmo quando não chove!

Ainda por cima o tópico anterior acabou em minha casa! Com 2 advogados, 1 locutor de rádio, 1 agente imobiliário e uma gaja, que os meus pais teimam em dizer que é minha irmã, mas da maneira que conduz, eu tenho muitas dúvidas! Por isso...

Mas aspiro, passo o chão com a minha esfregona (aquela do tamanho do meu pópó), limpo algum pó aos móveis, de vez em muito quando lavo a louça, enfim o normal, acho...

Mas aprendo, e desenvolvo teorias, da preguiça claro está, mas também é para isso que se desenvolvem coisas não?
Para fomentar a preguiça humana, eu estou em crer que sim.

Bem, adiante.

Constato frequentemente, que a vontade com que começo a limpar a casa, não é a mesma com que acabo, logo, o início fica sempre mais limpo que o final... o que digamos, é chato!

Logo, qual a teoria, muito simples, na vez seguinte limpo a casa ao contrário! Genial não?

Vai daí talvez não, mas é o que se pode arranjar, e enquanto não arranjar uma mulher a dias, vou ter que continuar a "alombar". Se bem que já digo isto à algum tempo, mas acho que para arranjar é preciso procurar... E só me lembro quando tenho a esfregona ou o aspirador na mão, o que também é bom!

O que era "fixe", mas mesmo muito "fixe", era inventarem um daqueles peixes, o "limpa-fundos" que se compra para manter o aquário limpo, mas versão para casa, isso é que era!
Era do género, animal de estimação, mas alimentava-se do pó e coisas, se bem que acho que o meu "pó" matava o bicho logo na primeira refeição, o que também era chato, mas pronto. Era genial não era?

Bem, mas vou no bom caminho, um destes dias ainda escrevo um livro de técnicas de (des)manutenção de uma casa!
Até já pensei no título e tudo: "Como (des)valorizar a sua casa de dentro para fora!".

Mas o que eu queria mesmo saber, era: Como raio é que eu tiro uma mancha que ficou entre os azulejos no chão da cozinha, de um saco do lixo que verteu qualquer coisa?

sábado, 1 de dezembro de 2007

Nicolinas!

E pronto foi ontem, ou hoje? já nem sei bem... mas foi!

E para quem não conhece aqui fica um video das nicolinas de 1990, o primeiro ano em que pela primeira vez, fui tocar!
Desde lá até aqui sempre!
Com excepção em 17 anos, do ano passado, mas isso são outros quinhentos...




Jantar com os de sempre, e como sempre em grande!
Deambular meia noite com grande companhia!
Outra meia com meia dúzia de tolos, mas sempre em festa!
Encontrar no meio de milhares e milhares de pessoas, aquelas que não vemos à, mais ou menos, digamos, um ano!
A festa do pinheiro é mágica, parece maluco eu sei, mas é preciso estar cá, para ver, viver cá, para dizer a plenos pulmões: Vem aí o pinheiro!
E é a noite toda!

Bem para mim este ano foi mais ou menos até às 10 da manha...
E pronto, por isso, hoje estou assim, mas mais ou menos em versão lobo...